As salineiras eram mulheres que trabalhavam nas salinas, sendo que a sua função era a de transportar em canastras de vime, à cabeça, o sal dos barcos para os armazéns.
Com um traje característico, a figura da salineira permanece no imaginário aveirense e em monumentos como o Marnoto e a Salineira, de António Quintas.
Juntamente com o Marnoto, normalmente enquanto casal, são das figuras mais características de Aveiro e que identificam uma das atividades tradicionais da região – a produção do sal.
O artista Diogo Landô apresenta nesta obra gráfica uma dualidade entre a dureza da profissão e o embelezamento da proporcionado pela memória, representando-a através da justaposição de vários elementos, recorrendo à sua arte digital característica. A Salineira surge como uma figura forte, ainda que desgastada pelo trabalho; com a dureza necessária para o cumprimento das suas tarefas, mas também com sensibilidade.